17 de março de 2009

O Festival começa hoje!

Vai começar mais um Festival de Curitiba. Hoje, dia 17, aqui na capital paranaense, inicia um dos maiores festivais (em tamanho) do mundo. Criado por um grupo de homens, na década de 90, a idéia era trazer para a cidade uma pluralidade de produções teatrais para os nossos palcos. A idéia deu certo, pois hoje temos 13 dias de apresentações de todos os gêneros. São números estratosféricos: trocentos artistas, numseiquantos técnicos, uma carrada de gente e muita, muita, muita, muita, muita peça.

Pergunta do dia: o que é que eu faço com isso?

Conclusão lógica, óbvia e rápida: não dá pra acompanhar todo o festival. é humanamente impossível. Até a Mostra Contemporânea (tradução: pessoal que foi convidado pela curadoria do Festival para estar aqui e não precisa se preocupar com bilheteria pois receberam para vir) tem mais peças que dias. Então o que a gente faz?

Você tem que se acalmar, respirar profundamente e se perguntar o que você gostaria de assistir durante o festival. As maiores categorias são:

Comédia: peças feitas para você rir

Drama: peças feitas para você chorar

Tragicomédia: peças para fazer você chorar enquanto ri

Outros: essa categoria é um mistério, pode contemplar desde pesquisas de linguagem contundentes até malucos que picotaram as cartas da própria mãe e fizeram um samba com isso (independente se rimem, encaixem na música) enquanto um gato preto está só, no palco, com uma luz azul.

Decidido isso, você pode ir pelo horário. Afinal, quando mais você poderia dizer "ah, que vontade de ver uma peça de teatro ao meio-dia" e poder realizar a sua vontade? Tem peças em vários horários alternativos, para os que são matutinos e para os noturnos.

Ou você pode ir pelos famosos. Tem gente que gosta de ver os atores televisivos ao vivo e ter certeza de que eles são reais. Muita gente de teatro reclama desse comportamento do público, de ir na peça só porque tem uma pessoa famosa. Eu não acho estranho, é um comportamento humano bastante natural. Se você tem duas opções, uma com um ator que você já simpatiza por conhecê-lo da tevê e a outra com alguém de quem você nunca ouviu falar, acho natural a pessoa escolher a do ator famoso. Quantas pessoas escolhem o médico olhando na lista da Unimed e dizendo "este aqui tem um nome bem simpático, acho que vou me consultar com ele"? Todo mundo precisa de referência.

Você também pode ir pela sorte. Pegue o jornal do Festival - já disponível no Mueller (será que Mueller continua com trema, depois da reforma ortográfica??) - e jogue pra cima. Na página em que ele cair aberto, você escolhe uma peça. Ou senão, peça para um amigo te ajudar com isso. Você vai abrindo o jornalzinho até que um amigo seu diga "PAROU", daí é nessa página que você escolhe. Ou invente a sua própria maneira e conte pra gente!

Desculpem se as dicas parecem vagas, ou são muito parecidas com os serviços dos jornais por aí, mas é difícil mesmo escolher entre tantas opções. Fico sempre com um pé atrás de dar dicas - ainda mais assim, publicamente - porque sempre acho que posso esquecer de um trabalho legal, que eu não lembrava que estaria nesta edição.

De qualquer maneira, aproveite o Festival! é um baita evento, mesmo que você discorde de algumas das opções que são feitas no gerenciamento dele. Lembre-se sempre de uma coisa: se você está insatisfeito com os rumos das coisas, tome o rumo nas suas próprias mãos. Afinal, a nossa cidade é grande o suficiente para ter mais do que um Festival por ano.

Aquele abraço!

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